sábado, 28 de maio de 2011

Relato do parto - emoção.

Estava há muito tempo esperando aflita o dia que minhas contrações começariam. E naquela madrugada eu pude sentir. Ah, que coisa boa. Eu sorria tanto, tanto. Anotava num papel cada hora de contração. Tenho ele guardado. Nesse momento eu andava pela casa sozinha. Não quis chamar ninguém, quis aquee momento só pra mim.

Eu realmente não acreditava que estava começando a acontecer. Que meu filho nasceria.
E chorava.
Que alegria
Que medo.

O amigo do meu irmão me massageava a caminho da maternidade. Estava um pouco nervosa. Quando lá cheguei a simpatia da medica de plantão me tranquilizou.

Enquanto fazia os exames o pai do meu filho ligou. Pareceu advinhar, era muito cedo. E ele foi pra lá. Fiquei dando voltas e vomitando. Tentando distrair a dor e só pensava: meu deus, vou conhecer meu filho.

No meio de toda aquela coisa de internação foi me batendo um medo. Não sei porque diabos tinha que lembrar de todas as coisas pavorosas que ouvi durante a gravidez e sobre partos mal sucedidos.

Não dilatava. E fiz uma concentração profunda para que essas imagens e dizeres se transformassem em coisas positivas. Esqueci a dor, recebi a dor e só pensava no rosto do meu filho, no rostinho que via nos ultrassons. E a dilatação veio.

Ninguém precisava me dizer. Eu sabia que meu filho queria sair. Não tinha porque me tocar, nem nada, eu sentia ele. Sentia muito forte.

Quando entrei na sala de parto fiquei preocupada do pai do JG não chegar a tempo de ver o filho nascer. E nisso tudo parou. Mas... ele queria nascer. E tudo deu certo.

Eu não acreditava, simplesmente não acreditava que tinha conseguido. Como pude ser capaz de trazer ao mundo uma coisa tão linda. Ele chorava e quando chorava batia o queixinho, achei tão lindo. Tão lindo meu filho. Todo enrugadinho, todo molhadinho.

Falei: Oi meu filho é a mamãe. Que bom te conhecer.

Nasci com ele.

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