Não lembro exatamente como foi, mas lembro que foi assim, o nascimento do grande amor da minha vida.
Relato parto J.G
Domingo, dia 07 de novembro de 2010, as duas e meia da manhã comecei a sentir contrações. Como já estava há duas semanas sentindo contrações, voltei a dormir. As três horas fui sentindo as contrações de maneira mais intensa. E assim foi durante toda a madrugada. Das cinco as sete da manhã as contrações estavam de oito em oito minutos, porém quase as oito comecei a ter sangramneto. Eu e meu irmão colocamos as coisas no carro e fomos para o HU. Toda descabelada lá cheguei e fui atendida. Estava com três centimetros de dilatação, com colo do utero super fino, bebê super bem, e a médica (que ainda não lembro o nome, mas que vergonha) resolveu descolar as membranas para o procedimento ser mais rapido. O pai do meu filho chegou e ficamos dando voltas pela maternidade, pois não conseguia ficar parada. Tive muito enjoo, e as contrações me davam vontade de vomitar e vomitei muitas vezes. As dez e meia novo exame, bebê bem, eu com seis centimetros de dilatação e começaram os preparativos para internação. Nesse momento as dores estavam intensas, me vestiram e colocaram meu polegar em alguns papéis. Meu irmão entrou comigo , para me acompanhar no trabalho de parto e o pai do meu filho, muito nervoso, ficou cuidando da papelada e esperando.
Tomei banho, fiquei bastante tempo no chuveiro quente, aliviando o coccix. E as dores aumentando. Foi me dando uma tremedeira nas pernas, uma tristeza profunda. Resolvemos caminhar. Uma enfermeira me mostrou as dependencias, perguntou qual sala eu gostaria de parir. Escolhi a 2, não sei pq, eu estava com muita muita dor mesmo. O unico lugar que conseguia me sentir confortavel era no vaso sanitario, rsrs. Começou a dar vontade de fazer força. Me colocaram pra fazer o exame de toque, seis centimetros ainda. E colocaram algo na minha veia que fui saber depois era ocitocina artificial. Gente, meu senhor, o que é aquilo? Se as dores antes estavam bem dificies, ficaram bem piores. Quis deitar de lado e ficar parada, cansaço intenso. Fui para o vaso sanitario de novo e a enfermeira disse pra eu sair dali e ir para bola, fiquei na bola e mais vontade de fazer força. Queriam fazer exame de toque, mas eu nao conseguiria ficar deitada de barriga pra cima, neguei, não quis. Alias, fui bem rispida, bati na medica e tudo, pois ela me fazia perguntas e eu concentrada na contração e nas coisas que passavam na minha cabeça não tinha força pra responder. Aí meio que dava uns tapas rsrsrs. Um medico falou pra eu quando sentir vontade forçar, e ficar de cocoras, cada vez que eu fazia isso ele olhava por baixo (deitava no chão mesmo) a descida do bebê. A cada força um grito, muito grito. Bebê descendo foram todos correndo pra sala de parto. O pai do meu filho foi arrumado a pressas, fiquei na sala de parto com meu irmão e com o pai do meu filho. Fiz força, ouvi a enfermeira de fundo, "Gisele, tás fazendo força em cima, se concentra na parte de baixo". Respirei bem fundo e forcei bem na parte de baixo a cabeça saiu. Faltava mais um empurrão pro meu bebê e eu pensei que não ia conseguir. Sentindo o corpo dele, eu achei que não ia conseguir, mas fechei os olhos, me concentrei bem e ele nasceu. Veio direto pro meu colo, todo molhadinho, chorando, a coisa mais linda que já vi na minha vida. Eu tremia tanto, tanto, que mal conseguia segurá-lo. Beijei tanto. Depois ele foi com o pai para o banho.
Nisso ficaram lá embaixo, deram uma anestesia local (sei porque me falaram, pois não lembro) e me deram cinco pontos, tive laceração de grau 2, é superficial (não pegou o musculo). Fui pra sala de recuperação, fiquei lá sozinha, até que apareceu uma enfermeira e colocou um negócio de medir pressão no meu braço e mediu minha febre. Minhas pernas tremiam muuiito. Depois veio um enfermeiro e apertou o bico do meu seio pra saber se tinha leite. E tinha. Lembrei que não tinha dado o peito meu filho. Depois veio meu bebê vestido, limpinho, com o pai dele e ficamos juntinhos. Gente! Não acreditava que tinha conseguido parir normalmente. Não acreditava que tinha tido a capacidade de fazer um serzinho tão perfeito. Tão lindo.
Então me tiraram o sorinho e pude segurar melhor meu bebê. Coisa mais gostosa.
O parto, no que me lembro, foi isso. Depois conto sobre os outros acontecimentos!
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