sexta-feira, 8 de julho de 2011

Da teoria a pratica - Chegamos em casa!

Chegamos em casa e que maravilha. Ele tão pequetito num berço tão grande!

Troquei a fralda e fui amamentando... amamentando... peraí.... amamentando... amamentando... opa... amamentando... senhor... amamentando... amamentando... amamentando... amamentando... amamentando... amamentando

Isso mesmo! Aquela coisa que o bebê mama de três em três horas não existiu. Ele queria peito o tempo todo e eu dei peito o tempo todo.

Cada vez que o meu filho sugava meu seio, as cólicas vinham com bastante força. Legal, era meu utero voltando pro lugar. Meus seios doíam, como se tivesse uma pontinha de agulha enfiando atrás do bico do meu seio.

Difícil.

Na maternidade tinha dificuldade de colocar meu filho no peito. Quando vi como era pra ele acertar a mama quase chorei. Achei tão agressivo rsrsrs. Nunca tinha visto aquilo, mas se era daquele jeito tinha que ajudar e ensinar meu filho a mamar, então let's go!

Ao mesmo tempo era engraçado. Os bebês quando nascem são "ceguinhos". Então, ele estava lá amarradão no seio e tirava a boca. Para voltar pro seio de novo era uma comédia, ia pondo a boca no meu braço, no meu cotovelo, em todos os lugares, menos no seio. Então, tinha que segurar a cabeça dele bem forte, espremer meu seio e enfiar a boca dele em forma de peixe ali! Eita, haja coordenação.

As costas doíam.

E assim foi minha primeira tarde/noite... amamentando, amamentando, amamentando... opa!!! opa!!!

O leite não tava mais saindo... o meu seio estava durissimo, doloridíssimo.

Manhã seguinte lá fomos nós pro CEAM - Centro de amamentação - do HU para eu resolver meu problema. Sim! Empedrou, como é popularmente dito! E como doía desempedrar. Fui orientada por uma ótima profissional, ela me ensinou a massagear e colocou minhas mamas numa ordenha mecânica. Doeu muito o bico do meu seio, ficou bem sensível. Ela me deu um protetor de seio, que colocamos na geladeira para a aliviar as dores e uma pomada para as assaduras dos seios.

(Meus seios ficaram esfolados!)

Sai de lá com um pote cheio de leite. Fui pra casa e amamentei... amamentei... amamentei... amamentei... e opa! Empedrou muito pior! Eu estava fraca, com muita dor e era noite! Não saía nada, nada, nada de leite. Eu tentava me ordenhar e não conseguia. Fomos dando o leite que tinha ordenhado no HU pro meu filho através de uma válvula. O leite acabou, meus seios naquela situação! Meu irmão pensou: vamos para Carmela Dutra! Mas só abria as 7 da manhã. Meu filho começou a chorar de fome e eu de desespero. Demos NAN pra ele e o mesmo se acalmou. Amanheceu o dia e lá estava eu, com minhas duas pedras no peito, sem conseguir levantar os braços, preocupada com meu filho e febril.

A expressão "tirar leite de pedra" saiu daí.

Chegando na Carmela Dutra coloquei uma roupa e recebi orientações. Uma enfermeira pegou um seio, outra pegou outro e começaram a ordenha. Vez em quando paravam para descansarem e eu também. Sempre pediam pra eu respirar fundo e relaxar que a dor diminuiria. E que dor horrível. Me concentrei muito, muito no rostinho lindo do meu bebê que tinha acabado de nascer e relaxava. E as enfermeiras no meu peito ordenhando e ordenhando e ordenhando. Foram duas horas. Duas horas de ordenha!

Quando o seio já estava macio com alguns pequenos nódulos para desinchar foram me ensinando a ordenha. Tinha medo de me machucar, sabe como é? Mas fui pegando o jeito. Depois, foi a vez do meu filho mamar! Que delícia!!!! Fiquei muito feliz. Todo esforço recompensado.

Tinha que voltar a tarde e tive orientações. Nada de beber nenhum liquido durante uma semana. A ordenha tinha que ser constante.

Meu filho mamava num seio e o outro já ia esquentando (sim, fica quente mesmo!). Assim que ele mamava o colocava na vertical, ele arrotava ficava sentadinho e eu ordenhava o outro. Passados uns 10 minutos de todo esse processo ter findando, lá ia eu amamentá-lo novamente. Era assim dia e noite, noite e dia.

Difícil!

Amamentar é muito difícil. No meu caso, tinha que ter essa vigília constante, pois não queria que meus seios ficassem como ficaram. Não dormia, mal comia, só dava de mamar e ordenhava.

E olhem só, como o estado emocional afeta a produção de leite. Entrei em depressão, tive mais um monte de outros problemas pessoais e meus seios super produtores de leite secaram completamente!

Demorei muito a escrever sobre a amamentação, pois me dá uma enorme tristeza até hoje por não ter conseguido amamentar meu filho. Ele mamou do meu leite apenas 20 dias da sua vida.

Só!

Por isso participo de campanhas a favor da amamentação. Tem que ter muita mulher amamentando em todos os cantos. Tem que ser algo natural aos olhos de todos, como respirar. Quanto mais esse ato for naturalizado, menos problemas teremos em amamentar.

Por hoje, só consigo escrever isso sobre minha experiência com a amamentação.

Então, caso alguém tenha problemas, na região de Florianópolis, indico o HU e principalmente a maternidade Carmela Dutra para ajudar nessa tão importante tarefa: amamentar!

Agradeço muitíssimo a minha querida amiga Patrícia enfermeira no neonatal do HU que muito me ajudou a ensinar meu filho a mamar!

Sim, nem todos os bebês nascem sabendo mamar, é preciso ensiná-los!

Beijocas!

Para as mamães slingueiras

Cortando um pouco o assunto e pulando algumas sequencias do blog, divulgo outro da Aline Amorim, que além de mamãe é doula, ela junto com a embalo está sorteando um sling da Embalo, acesse aqui e fique por dentro de tudo.

Amo muito essas coisas!

domingo, 12 de junho de 2011

Da teoria a prática - Cuidados com o bebê

Eu e o pai do meu filho fomos muito bem assessorados na maternidade nos cuidados com o João Gabriel. Qualquer pequena dúvida que tínhamos a qualquer hora do dia e da noite sempre vinha alguém nos ajudar e explicar o que estava acontecendo e em como resolver.

Na hora do banho íamos junto e a enfermeira explicava tudo com deveríamos fazer e fazíamos também. Como cuidar do umbigo. como dar banho, como trocar fralda, como amamentar - tudo! Saímos de lá bem seguros com essa parte.

Achei que ia ter um nojinho em limpar o umbigo e tals, mas isso não aconteceu.

Como trocar fralda: tira a fralda, limpa tudo com algodão e gaze e seca. E depois coloca a fralda limpa. Não é nenhum fim de mundo, rs.

Como dar banho em recém nascido: depois de tirar a roupa e limpar a genitália do bebê, envolva  corpo dele com uma fralda ou toalha. Segure com um braço. Aí coloca a cabeça do bebê perto da água (eu usava banheira) e coloca água no rosto e na cabeça. Só água. Seca bem a cabeça. Depois coloca o bebê dentro da água e lava o restante. No início é só água mesmo. E não se preocupem dá pra sentir quando  bebê irá precisar de uma ajuda com o sabonete, com xampu. No começo usei o sabonete liquido da Granado e o "dos pés até a cabeça" da Jhonshon. O primeiro tem um cheiro suave e delicioso o segundo não tem perfume. Com o tempo esquentando era necessário dar mais de um banho no JG. O importante é: usar sabonete em apenas um banho. Só comecei a usar xampu quando  JG tinha 6 meses. Ao inves do talco e para ajudar nas brotoejas amido de milho na água do banho e no corpo do bebê. Funciona muito.

Perfume só fui usar quando meu filho tinha 2 meses.

Umbigo: alcool 70% e cotonete. Só. Passa em cada troca de fraldas em cima, embaixo, ao redor. E  umbig deve estar sempre bem sequinho. Caiu quando JG tinha 15 dias de vida. E continuei usando por mais uns 10 dias.

Acho que é isso o principal. Todas aquelas dicas de toalha fralda e etc permanecem.

E não se preocupem com isso, na maternidade ensinam tudo, tudinho mesmo!

Beijocas

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Da teoria a prática - Alojamento Conjunto HU

Depois que pari e fiquei na sala de recuperação fui ao quarto. O quarto - alojamento conjunto -possui três camas e três cadeiras reclináveis para os acompanhantes, ar condicionado e ventilador de teto e um banheiro exclusivo para uso das mamães.

É feio, viram? O HU deveria reformar essa parte do hospital. As paredes mal preservadas, as cadeiras de acompanhantes rasgadas, o piso feio, não tem lugar para guardar as roupas nossas nem as do bebê. Apenas um pequeno criado mudo. As nossas coisas ficaram no chão, dentro das bolsas. Cada cama tem iluminação própria, além da iluminação geral. O ar condicionado quando ligado fazia um terrível barulho, pior que uma britadeira, um horror.

Eu não gostei do alojamento conjunto por outros motivos. As outras mulheres e seus acompanhantes embora muito simpáticos eram muito barulhentos. Passavam noite afora conversando e não apagavam  nunca a sua luz da cama e seus bebês eram um pouco irritados. Até aí tudo bem, ouvir  choro do bebê e tals. O problema além das conversas, luz eram os acompanhantes. Um deitou e dormiu a noite toda e roncou muuiitooo. A esposa deste tinha feito cesaria e precisava de ajuda para pegar o bebê para amamentar, trocar fralda. Na falta dele, nós mesmas ajudavamos essa mamãe.

Imaginem então que delícia, né? Descanso - zero!

Durante o dia principalmente pela manhã eram muitas visitas que tinhamos de profissionais de saude. Era medicação que tinhamos que tomar. Médicos residentes para analisar nosso sangue da "menstruação", como estavam os pontos, como estavamos nos sentindo, o tamanho do útero e queixas diversas. Vinham as enfermeiras para auxiliar na amamentação. E tipo assim, tava dormindo, acordei com várias pessoas me olhando. Me senti send velada rsrs. Senhor, falava com todos bafuda, descabelada e sem chance de banho. E tinham os exames do João Gabriel. Fizeram um exame em mim de sifilis. As refeições. Enfim, eram tantas coisas a se fazer que depois de não dormir nada durante a noite, não dava também para descansar durante o dia.

Claro que é ótimo ter um acompanhamento como aquele, os profissionais todos eram maravilhosos e atenciosos, mas não dava pra descansar nunca. Essa é a minha reclamação do alojamento conjunto: não consegui descansar nem um pouco. Teve um dia que olhei pro pai do meu filho (acabado também por sinal) e implorei para que ele apressasse minha alta. Queria sair dali. Queria ir pra minha casa. Queria poder deitar e ter silêncio pelo menos por uma hora interrupta!

Graças aos deuses eu e o João Gabriel estavamos muito bem e pudemos sair terça ao meio dia. Só não recebi alta de manhã cedo, pois estavam esperando o resultado do exame de sifilis.

Bom, minha experiência foi essa. Os profissionais maravilhosos, o atendimento ótimo, mas meus colegas de quarto não cooperaram muito. De repente, deveria ter uma regra. Claro, que cuidando de bebês exigir silêncio é algo impossível de se querer, mas não precisavam se passar. Poderia ter um local para ver TV. A TV é no corredor, bem perto dos quartos e não necessariamente ouviam aquela coisa num volume baixo!!!!!!!!

O pior de tudo foi que fumaram no nosso banheiro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Da teoria a pratica - Pós parto na maternidade

Assim que pari meu filho, me colocaram numa cama e me levaram para uma sala de recuperação. Minhas pernas tremiam muito. A enfermeira colocou um medidor de pressão em mim automatico, de tempos em tempos aquele troço apertava meu braço para medir a pressão. Mediu minha febre também. E fiquei lá, deitada, sozinha, cansada, sem saber o que fazer.
Depois veio um outro enfermeiro saber se eu tinha leite. Lembrei: deus do ceu, esqueci de por o JG no meu peito! Ele apertou meu peito e ficou feliz, pois tinha leite. Foi dolorido. Falei que minhas pernas tremiam muito e meu corpo estava tenso. Não lembro o que ele me disse, mas lembrei fechei meus olhos e fiquei inspirando e espirando, pra tentar relaxar.
Veio o pai do meu filho com o João Gabriel nos braços, deus! Que coisa linda que eu fiz. Ele estava com a roupinha do HU, tão lindo. Tentei por ele no meu peito, mas ficou meio desengonçado, mas ele ficou ali, acho que não mamou não.
Então vieram os enfermeiros e nos levaram para o quarto. Bem legal, eu cobri o meu filho com lençol para as luzes do caminho não afetarem ele, e fiquei olhando seu rostinho. Ele abriu os olhinhos... óóó, pareceu gostar de andar de maca pelos corredores.
Chegando no quarto me ajudaram a descer da cama e ajeitaram o JG. Vi a minha familia no corredor do lado de fora. Uma enfermeira me chamou para eu tomar banho. Ela ficou olhando, rsrs. Achei estranho. Mas precisa ficar alguem olhando caso tenhamos uma tonteira ou fraqueza. O chuveiro do HU é muito bom. Aquele jato quente e forte me reanimaram. Ela não me deixou lavar os cabelos. Me sequei e pus o maravilhoso absorvente gigante pós parto. Credo! Meu pijama, meu roupão e fui para o quarto.
João Gabriel dormia. Nisso veio meu lanche - ah, que fome - e minha familia entrou. Aquela choradeira. Acharam que eu estava super bem, nem parecia que tinha parido.
Depois me deram umas medicações.

E....

João Gabriel acordou muito chorando... tipo muito! Ele não queria mamar. As enfermeiras disseram que nao tinha problema o nenem não mamar nas primeiras 24 horas, eles estão com reservas que pegaram na barriga da mãe, então ficam de boa!

Eu não me lembro a ordem exata das coisas. Tudo é meio confuso. Por isso vou escrever por partes. A próxima será a minha impressão sobre o Alojamento Conjunto no HU.

Beijocas!

JG fez ontem 7 meses de vida!

Coisa mais linda da minha vida.Quando ele nasceu e chorava mostrava bem a gengiva e tremia o queixo. Era muito engraçadinho. Hoje, ele já tem dois dentinhos e não treme mais o queixo, mas faz uma carinha de japones. Continuo achando lindo!

Ele dorme agora do meu lado, grandão, forte, saudavel! É um presente lindo na minha vida!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Manifestação feita - MAMAÇO - Ato Pro Amamentação

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3338817.htm

Sobre o Mamaço ontem em Florianópolis. Uma pena eu e o JG não irmos... resfriado nos pegou feio. Quem sabe na proxima?

Beijos!